segunda-feira, 13 de outubro de 2008

Paulo Rangel


Biografia

Paulo Rangel nasceu no Rio de Janeiro. Passou parte da infância no interior de São Paulo. Aos sete anos foi para a capital, onde concluiu os cursos primário, secundário e universitário. Formou-se na Faculdade de Direito da USP. Na fase acadêmica dirigiu os jornais O Libertador e O XI de Agosto, este o órgão oficial do Centro Acadêmico, que na época recebeu o prêmio do Ministério da Educação como a melhor publicação universitária do país. Recriou o grupo teatral, quando traduziu e representou a peça Corrupção no Palácio da Justiça, de Ugo Betti, cuja montagem ganhou quatro prêmios no Festival de Teatro Amador. No terceiro ano da academia juntou-se a uma comitiva de sete colegas e realizou plano de divulgação cultural do Brasil em dezenas de universidades das três Américas. Depois de um ano de excursão, de avião, navio, e principalmente de automóvel, pela Rodovia Panamericana, retornou ao Brasil viajando de Bogotá até Letícia, na Colômbia. Desta cidade seguiu de barco para Benjamin Constant, na divisa do Brasil, Colômbia e Peru. Em Benjamin Constant, que fica a poucos quilômetros de Tabatinga, posto militar de fronteira, conviveu com seringueiros, seringalistas e índios aculturados, ocasião em que observou os costumes dos povos da floresta. Desceu os rios Solimões e Amazonas de gaiola, mantendo contato com as populações ribeirinhas. Permaneceu uma temporada em Manaus e Belém, tendo voltado, outras vezes, à região amazônica. (Essa experiência deu-lhe o substrato para o livro Assassinato na Floresta.) Logo após ter concluído o curso de Direito, foi convidado a fazer teste no Teatro Cacilda Becker, cuja companhia se organizava para realizar turnê pelo norte do país e Europa. Tornou-se ator profissional e fez temporadas em Salvador, Recife, Lisboa, Coimbra, Porto e outras cidades portuguesas, quando representou papéis cômicos, trágicos e dramáticos, em peças clássicas e populares, de autores nacionais e estrangeiros. Sobre essa experiência escreveu um livro, intitulado Turnê com Cacilda Becker. Embora inédito, teve alguns capítulos publicados em órgãos da imprensa. Retornando ao Brasil, trabalhou na área de Comunicação Social da VASP, realizando tarefas em quase todas as capitais e principais cidades brasileiras. No ano em que ganhou o título de Melhor Relações Públicas das empresas aéreas, interrompeu a atividade e exilou-se voluntariamente em Campos do Jordão, onde escreveu dois livros – seu antigo sonho. Na temporada jordanense idealizou e executou plano para tornar realidade velho desejo da população, de ter nova estrada ligando a estância ao Vale do Paraíba. A estrada foi construída e hoje é a principal via de ligação entre os dois pontos. Nessa época advogou em várias comarcas dos Estados de São Paulo e Minas Gerais em vários campos do Direito, principalmente na área criminal. Mudando-se para São Paulo e depois para o Rio de Janeiro, trabalhou outra vez na VASP, em cargos de chefia e diretoria. Em seguida, a convite de grupo editorial, dirigiu uma empresa de livros e fascículos jurídicos. Tornou-se durante algum tempo executivo empresarial no ramo publicitário e editorial, ocupando vários cargos de gerência e direção. Deu assessoria a jornais. Montou consultoria de marketing social e político para oferecer planos alternativos de administração pública a prefeitos e governadores. Em 1987 concluiu que a época das pequenas aventuras havia acabado e iniciou a mais perigosa das loucuras no Brasil, que é viver de literatura.

Paulo Rangel mora no Rio de Janeiro, é casado com Sílvia e tem dois filhos, Rodrigo e Mariana.

Poluição Sonora em Aracaju









Muita coisa, porém, mudou nesses anos em Aracaju, ainda uma cidade tranqüila, mas bem menos tranqüila do que era; o trânsito, em determinadas horas do dia, torna-se um verdadeiro caos; a poluição sonora está transformando Aracaju numa cidade do barulho; as queimadas, destruição de matas e poluição das águas são alguns dos itens que devem merecer uma atenção maior das autoridades.

Problemas para a cidade são causados, quase sempre, por nós mesmos. Por exemplo, na Rua Monsenhor Silveira, está uma parte lateral do IPES e é comum ver-se jorrando água totalmente poluída de seus bueiros. Na rua Senador Rollemberg está a Associação Atlética de Sergipe e na calçada, em dois pontos, canaletes escoando água do clube para a rua e impedindo que, se precisar, um paraplégico, numa cadeira de rodas, possa por ali transitar.

Ao prefeito, para que Aracaju continue a ser uma boa cidade para viver, pedimos para colocar nas salas de aula, o alto número de crianças, que se encontram nas ruas da cidade; pedimos para ampliar as ações voltadas para a medicina preventiva; pedimos para implantar medidas para desafogar o trânsito; pedimos, para a segurança dos trabalhadores que usam a bicicleta como meio de locomoção, ampliar o número de ciclovias; na segurança, pedimos ações para garanti-la; na poluição sonora, pedimos para fazer com que clubes, bares, carros de som e outros cumpram a legislação em vigor; e, na periferia, pedimos uma atenção maior para melhorar a qualidade de vida de seus moradores.


Existe um índice alarmante. Durante os finais de semana, 20% das ligações para o 190 da Polícia Militar são referentes à poluição sonora, proveniente de sons de carro, de vizinhança e de bares; e quase nenhuma situação é resolvida. Aproveito o dia do aniversário do Código de Defesa do Consumidor para fazer um apelo para a criação do Procon Municipal e do ‘Disque Silêncio’. Seriam estruturas mínimas, mas que poderiam desenvolver atividades de respeito ao cidadão aracajuano”, com esse argumento o vereador Fábio Henrique apresentou seu projeto que cria estrutura de combate à poluição sonora em Aracaju.

O “Disque Silêncio” foi abordado por Fábio Henrique durante a sessão da Câmara, na manhã de hoje (dia 15). “Esse será um serviço criado pela Prefeitura. Funcionará com um telefone de ligação gratuita, para que a população pudesse expor seus problemas e ser prontamente atendido. O atendente da Prefeitura receberia a reclamação e encaminharia para a Polícia ou para a EMSURB ou qualquer órgão competente. O cidadão teria um mecanismo de eficiência do serviço”, explicou o vereador.

O cidadão tem um problema de som na sua rua; liga para o 190, que diz que não pode fazer nada. Ele liga para a EMSURB, que afirma que é com a Polícia. Então, o cidadão liga de novo para o 190, que manda ligar para o Batalhão Ambiental. No Batalhão Ambiental, a orientação é ligar para a Delegacia Plantonista, que por sua vez manda ligar para a delegacia de sua área. Em resumo, o cidadão liga para todos os números e ninguém atende. O cidadão fica sendo jogado de um lado para o outro. Já houve homicídios envolvendo vizinhos por causa do som”, detalhou Fábio Henrique.

De acordo com o promotor Sandro Luiz da Costa, da área de urbanismo de Socorro e de poluição sonora em Aracaju, quando o som é em um bar ou em um estabelecimento comercial a responsabilidade de fiscalizar é da EMSURB. Segundo informações, este órgão só dispõe de seis fiscais para toda a cidade de Aracaju, sendo o número de profissionais e equipamentos muito limitado. O promotor explicou que quando o som é colocado na mala do carro ou de um vizinho com som alto a responsabilidade é da Polícia Militar.

Seringueiros
























A sofrida história dos seringueiros é pouco conhecida. Leia aqui e conheça alguns fatos sobre a vida deste povo da floresta:

Coronéis de Barranco
Com o início da demanda do mundo industrializado pela borracha, os empresários "Seringalistas", ou "Coronéis de Barranco" estabeleceram na Amazônia um sistema de semi-escravidão capitalista: Eles obrigaram grande parte da população indígena de forma violenta a trabalhar para eles, transformando-os em "caboclos seringueiros". Os trabalhadores nordestinos, que vieram na Amazônia em busca de emprego, caíram logo na dependência econômica dos Seringalistas e se tornaram os "seringueiros nordestinos".

Concorrência internacional
Os ingleses logo descobriram o potencial econômico da borracha, e no ano 1876, um Inglês chamado Henry Wickham levou sementes de seringa da Amazônia para Inglaterra. Foram formados os seringais de cultivo na Malásia, e a produção estrangeira superou logo a produção Brasileira.

Soldados da borracha
Houve um segundo surto da borracha no Brasil durante a segunda guerra mundial, quando aumentou a demanda pela borracha e os brasileiros sujeitos ao serviço militar tinham que escolher entre lutar na guerra ou trabalhar como seringueiro na Amazônia. Estes "Soldados da Borracha" nunca conseguiram voltar para a terra deles, porque nunca foram pagos pelos Seringalistas.
Com o falecimento dos Seringalistas, devido á concorrência internacional, os Seringueiros ficaram entregues á própria sorte. Até hoje eles sobrevivem cultivando, caçando e vendendo borracha por um preço muito baixo.

Guardiões da floresta
A partir de de 1970 chegaram os fazendeiros na Amazônia, expulsando os Seringueiros, derrubando a floresta e assim iniciando os conflitos de terra. Sob esta ameaça, os seringueiros começaram a se unir em cooperativas e sindicatos, e surgiram as grandes lideranças dos seringueiros como Chico Mendes, assassinado em 1988 pelos fazendeiros Darly e Darcy Alves da Silva.
Nestes conflitos os seringueiros se mostraram como os guardiões da floresta, e hoje sua convivência com a floresta serve como exemplo, mostrando que o homem pode viver da natureza sem destruí-la.

Êxodo rural
Devido às dificuldades econômicas, a falta de condições básicas de saúde e educação, mais e mais seringueiros abandonam a floresta num grande êxodo rural e vão pelas periferias das cidades, onde a miséria continua crescendo.
Para incentivar a permanência dos seringueiros na floresta, precisa-se encontrar formas de beneficiamento do látex mais rentáveis, sendo uma delas o Couro Vegetal.




Chico Mendes

Biografia de Chico Mendes, principais momentos de sua vida, luta em defesa
da floresta amazônica, ambientalista, assassinato




Chico Mendes: vida dedicada em defesa do meio ambiente



Biografia

Ainda criança começou seu aprendizado do ofício de seringueiro, acompanhando o pai em excursões pela mata. Só aprendeu a ler aos 20 anos de idade, já que na maioria dos seringais não havia escolas, nem os proprietários de terras tinham intenção de criá-las em suas propriedades. [1]

Iniciou a vida de líder sindical em 1975, como secretário geral do recém-fundado Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Brasiléia. A partir de 1976 participou ativamente das lutas dos seringueiros para impedir o desmatamento através dos "empates" - manifestações pacíficas em que os seringueiros protegem as árvores com seus próprios corpos. Organizava também várias ações em defesa da posse da terra pelos habitantes nativos.

Em 1977 participou da fundação do Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Xapuri, e foi eleito vereador pelo MDB local. Recebe então as primeiras ameaças de morte, por parte dos fazendeiros, e começa a ter problemas com seu próprio partido, que não se identificava com suas lutas.

Em 1979 Chico Mendes reúne lideranças sindicais, populares e religiosas na Câmara Municipal, transformando-a em um grande foro de debates. Acusado de subversão, é submetido a duros interrogatórios. Sem apoio, não consegue registrar a denúncia de tortura que sofrera em dezembro daquele ano.

Representantes dos povos da floresta (seringueiros, índios, quilombolas) apresentam reivindicações durante 2º Encontro Nacional, em Brasília

Representantes dos povos da floresta (seringueiros, índios, quilombolas) apresentam reivindicações durante 2º Encontro Nacional, em Brasília

Chico Mendes foi um dos fundadores do Partido dos Trabalhadores e um dos seus dirigentes no Acre, tendo participado de comícios com Lula na região. Em 1980 foi enquadrado na Lei de Segurança Nacional a pedido de fazendeiros da região, que procuraram envolvê-lo no assassinato de um capataz de fazenda, possivelmente relacionado ao assassinato do presidente do Sindicato dos Trabalhadores de Brasiléia, Wilson Sousa Pinheiro.

Em 1981 Chico Mendes assume a direção do Sindicato de Xapuri, do qual foi presidente até sua morte. Candidato a deputado estadual pelo PT nas eleições de 1982, não consegue se eleger.

Acusado de incitar posseiros à violência, foi julgado pelo Tribunal Militar de Manaus, e absolvido por falta de provas, em 1984.

Liderou o 1º. Encontro Nacional dos Seringueiros, em outubro de 1985, durante o qual foi criado o Conselho Nacional dos Seringueiros (CNS), que se tornou a principal referência da categoria. Sob sua liderança a luta dos seringueiros pela preservação do seu modo de vida adquiriu grande repercussão nacional e internacional. A proposta da "União dos Povos da Floresta" em defesa da Floresta Amazônica busca unir os interesses dos indígenas, seringueiros, castanheiros, pequenos pescadores, quebradeiras de coco babaçu e populações ribeirinhas, através da criação de reservas extrativistas. Essas reservas preservam as áreas indígenas e a floresta,além de ser um instrumento da reforma agrária desejada pelos seringueiros.

Em 1987, Chico Mendes recebeu a visita de alguns membros da ONU, em Xapuri, que puderam ver de perto a devastação da floresta e a expulsão dos seringueiros causadas por projetos financiados por bancos internacionais. Dois meses depois leva estas denúncias ao Senado norte-americano e à reunião de um banco financiador, o BID. Os financiamentos a esses projetos são logo suspensos. Na ocasião, Chico Mendes é acusado por fazendeiros e políticos locais de "prejudicar o progresso", o que aparentemente não convence a opinião pública internacional. Alguns meses depois, Mendes recebe vários prêmios internacionais, destacando-se o Global 500, oferecido pela ONU, por sua luta em defesa do meio ambiente.

Ao longo de 1988 participa da implantação das primeiras reservas extrativistas criadas no Estado do Acre. Ameaçado e perseguido por ações organizadas após a instalação da UDR no Estado, Mendes percorre o Brasil, participando de seminários, palestras e congressos onde denuncia a ação predatória contra a floresta e as violências dos fazendeiros contra os trabalhadores da região.

Após a desapropriação do Seringal Cachoeira, em Xapuri, propriedade de Darly Alves da Silva, agravam-se as ameaças de morte contra Chico Mendes que por várias vezes denuncia publicamente os nomes de seus prováveis responsáveis. Deixa claro às autoridades policiais e governamentais que corre risco de vida e que necessita de garantias. No 3º Congresso Nacional da CUT, volta a denunciar sua situação, similar à de vários outros líderes de trabalhadores rurais em todo o país. Atribui a responsabilidade pela violência à UDR. A tese que apresenta em nome do Sindicato de Xapuri, Em Defesa dos Povos da Floresta, é aprovada por aclamação pelos quase seis mil delegados presentes. Ao término do Congresso, Mendes é eleito suplente da direção nacional da CUT. Assumiria também a presidência do Conselho Nacional dos Seringueiros a partir do 2º Encontro Nacional da categoria, marcado para março de 1989, porém não sobreviveu até aquela data.


O assassinato de Chico Mendes

Em 22 de dezembro de 1988, exatamente uma semana após completar 44 anos, Chico Mendes foi assassinado na porta de sua casa por sua intensa luta pela preservaçao da amazônia. Casado com Ilzamar Mendes, deixou dois filhos, Sandino e Elenira, na época com dois e quatro anos de idade, respectivamente.

A justiça brasileira condenou os fazendeiros Darly Alves da Silva e Darcy Alves da Silva, responsáveis por sua morte, a 19 anos de prisão, em dezembro de 1990. Darly fugiu em fevereiro de 1993 e escondeu-se num assentamento do Incra, no interior do Pará, chegando mesmo a obter financiamento público do Banco da Amazônia, sob falsa identidade. Só foi recapturado em junho de 1996. A falsidade ideológica rendeu-lhe uma segunda condenação: mais dois anos e oito meses de prisão.

Pena branda

A pena dos assassinos de Chico Mendes foi, no entanto, bem menor do que a aplicada em caso semelhante - o assassinato da missionária Dorothy Stang, morta no dia 12 de fevereiro de 2005, em Anapu, no oeste do Pará. O fazendeiro Vitalmiro Bastos de Moura, o Bida, mandante do crime, foi condenado a 30 anos de prisão pelo Tribunal do Júri de Belém. Com base no caso Chico Mendes, a defesa de Bida vai pedir redução de sua pena em novo julgamento. "Pena máxima é só em filme americano", acredita o advogado de Bida, Ércio Quaresma, embora seu cliente tenha demonstrado personalidade violenta, inadaptada ao convívio social, e seja culpado de crime hediondo com propósito de exterminar a vítima covardemente, segundo o Conselho de Sentença, que lhe negou o direito de recorrer da sentença em liberdade.

Benefício para o mandante do crime

Em dezembro de 2007, na mesma semana em que o assassinato de Chico Mendes completava 19 anos, uma decisão da juíza Maha Kouzi Manasfi e Manasfi beneficiou o fazendeiro Darly Alves da Silva com a prisão domiciliar até março de 2008, no conforto na casa-sede da Fazenda Paraná, em Xapuri, local onde a morte de Chico Mendes foi tramada e onde o fazendeiro poderá cuidar de uma gastrite crônica. Darly havia sido recolhido ao cárcere de Rio Branco em agosto de 2006, depois de ter sido julgado e condenado em júri popular como mandante do crime. [2]. Após o assassinato de Chico Mendes se juntaram mais de trinta entidades sindicalistas, religiosas, políticas, de direitos humanos e ambientalistas para formar o "Comitê Chico Mendes". Eles exigiram providencias e através de articulação nacional e internacional botaram pressão nas órgãos oficiais para que o crime seja punido. Em 1990 os fazendeiros Darly e Darcy Alves da Silva foram considerados culpados do assassinato e condenados a 19 anos de reclusão. Em 1993 eles escaparam da prisão e foram novamente captados em 1996. O caso Chico Mendes despertou pela primeira vez a atenção internacional para os problemas dos seringueiros. Através do assassinato, Chico Mendes tornou-se mais uma vez representante dos muitos outros moradores da floresta assassinados, desapossados ou ameaçados...




quarta-feira, 8 de outubro de 2008

Comentário ao Livro Assassinato na Floresta



A trama do livro de Paulo Rangel começa quando o editor da Tribuna da Pátria entrega ao jornalista Ivo Cotoxó um trabalho inusitado: escrever sobre uma morte de causa natural de uma serigueira, Raimunda, mordida por uma cobra na região amazônica.

Ivo Cotoxo teve vontade de matá-lo ao receber a missão, pois só podia ser mais um dos planos do maldoso chefe. Como precisava do emprego, Cotoxó foi a Benjamin Constant, cidadezinha amazonense, local do acontecido. Partiu de São Paulo, atravessando o país até Manaus, dali até a cidade destino atravessou o rio Solimões, até a divisa com a Colômbia e o Peru.

Não imaginava que a morte de uma seringueira, viúva, anônima, semi-alfabeta, poderia repercurtir nos meios nacionais e internacionais. Mas o que Cotoxó descobriu ao longo de sua trajetória, era que Raimunda havia sido assassinada, a mando de um fazendeiro que agia sob ordens de dois deputados. E estes deputados, recebiam instruções dos donos de empresas multinacionais que lucravam com a derrubada da floresta Amazônica.

Através de sua matéria, aparentemente “furada”, Cotoxó revelou a luta de pessoas sofridas e feridas que acreditavem em seus direitos de cidadãos, e lutaram a favor da Floresta Amazônica. Ele levou esta causa ao conhecimento nacional, história finalmente possa ter chegado ao fim. Essa luta era apenas o começo para carreira de Ivo..